quarta-feira, maio 16, 2012

Manual de Integação para Tercerizadas

Movimentação de Carga Manual

terça-feira, maio 15, 2012

A Segurança Contra Incêndio no Brasil

Guia de Análise de Acidente do Trabalho

Conforto Térmico em Ambientes de Trabalho

A Medição do Som

Análise Preliminar de Risco

Instalações Eletricas Temporárias em Canteiro de Obras -RTP05

Manual do Plano de Gestão de SMS Integrado

Diretrizes de Gestão de SST

Cartilha de Preenchimento da NR 18

Agentes Quimicos

Proteção Respiratória

quinta-feira, maio 10, 2012

O QUE É HIGIENE OCUPACIONAL?

Esta ciência trata da saúde do trabalhador, e utiliza estratégias para avaliação da


exposição a contaminantes atmosféricos que oferecem riscos ocupacionais. Sendo assim

tão específica, os higienistas não deveriam, por exemplo, objetivar unicamente a

caracterização de insalubridade ou o estabelecimento de benefícios sociais. Estes são

detalhes legais necessários, mas não específicos da higiene.

O método de trabalho ocupacional inclui as seguintes etapas: antecipação do risco,

a identificação de riscos potenciais antes que eles venham a se tornar um risco real;

identificação do risco, com estabelecimento da relação dose-resposta; avaliação da

exposição com caracterização do risco; e controle dos mesmos, com implementação de

mecanismos corretivos ou prevencionistas.

É preciso considerar que o progresso gerado pelo trabalho nem sempre precisa

estar associado com prejuízo para a saúde do trabalhador, pois os riscos ocupacionais

podem e devem ser controlados pela atividade do higienista ocupacional, quase sempre

através da implementação de programas prevencionistas de natureza Multidisciplinar.

Portanto, a importância do higienista ultrapassa os limites do ambiente de trabalho,

sendo que suas ações reduzem impactos ao meio-ambiente em geral.

O ideal seria que houvesse antecipação dos riscos, como objetivo de identificar as

fontes dos mesmos, a fim de evitá-los antes que os locais de trabalho fossem

construídos, os equipamentos instalados e os processos operacionais planejados.

Porém, como não vivemos em um mundo ideal, os riscos existem. A identificação dos

mesmos é etapa fundamental da metodologia de trabalho, e compreende o

reconhecimento de riscos de natureza física, química ou biológica. Em alguns casos,

existem “riscos escondidos”, que também devem ser criteriosamente investigados.

O reconhecimento dos riscos requer, pelo menos, dois tipos básicos de ação: a

coleta de informações e a visita ao local de trabalho, embora nem sempre o

conhecimento dos efeitos nocivos de um agente de risco seja suficiente para o

estabelecimento de ações posteriores. Por exemplo: “tóxico” nem sempre oferece risco,

cujo grau depende das condições da exposição, como o tipo de equipamento, a fonte dos

contaminantes, o estabelecimento dos valores máximos de concentração, as

propriedades dos materiais, a descrição das tarefas dos trabalhadores expostos, o tempo

e a tipologia da exposição etc.

Já a avaliação da exposição determina se a ação preventiva é necessária, se as

medidas de controle são eficientes, se um certo agente causa risco e qual a dose

realmente recebida pelo trabalhador. As principais propriedades a serem avaliadas

dependem, como já vimos, do tipo de agente, como a sua capacidade toxicológica e as

suas características físico-químicas.
O grau de exposição é determinado a partir da concentração do agente no ar, da


duração da exposição e da possibilidade de entrada no organismo (via respiratória, pele,

ingestão).

Reconhecido o agente prejudicial e avaliado o grau de exposição, é necessário

interpretar os resultados com base em normas ou regulamentos adotados, como os

“limites de exposição ocupacional”, também denominados “limites de tolerância” ou

“concentrações máximas permitidas”.

Os limites de exposição ocupacional podem ser expressos por “concentração média

ponderada em função do tempo” (muitas vezes inadequado) ou por “limites para

exposições curtas”. Quinze minutos de exposição podem ser fatais, pelo risco oferecido

por um determinado agente, e insignificante para outro tipo de agente. Mas a

concentração de teto é um limite que não deve ser ultrapassado nunca. A estratégia de

amostragem é pouco fundamental para que se obtenha resultado adequado de análise

(cf. artigo “Como escolher laboratório de higiene ocupacional”, publicado no ABHO

Atualidades Julho-Agosto 2000, disponível também no site www.abho.com.br).

O controle de riscos depende, portanto, do trabalho multidisciplinar, incluindo as

medidas ambientais de engenharia. Uma medida de engenharia pode alterar

permanentemente o ambiente de trabalho, a maquinária e os equipamentos, que devem

ser adequados na qualidade e na quantidade.

A referência ao trabalho multidisciplinar é justificada pelo fato de haver necessidade

de trabalho de equipe integrado. Pelo menos 20 especialidades são indicadas pela

ACGIH. Afinal, além do método de trabalho adotado pelo higienista, a manutenção da

saúde do trabalhador requer outras medidas, partes integrantes das estratégias de

controle, e que incluem medidas administrativas, como limitação do tempo de exposição

a agentes de alto risco, rotação de trabalhadores, educação ambiental de EPIs, sendo

que estes são a última opção para o controle.

Monitoração ambiental também é estratégia de controle, assim como exames

médicos periódicos, planejamento de descarte de resíduos industriais etc.

É certo que a multiplicidade dos fatores de risco exige planejamento minucioso da

atuação da “equipe de higiene ocupacional”, pois atividades isoladas (ex.: avaliação de

um contaminante atmosférico ou um projeto para ventilação industrial) são um lado de

ação, mas é preciso considerar os múltiplos aspectos que envolvem a saúde de uma

coletividade.
 
 
O artigo de Berenice Goelzer, “Estratégia para avaliação da exposição ocupacional a contaminantes

atmosféricos nos ambientes de trabalho” – Programa de Saúde Ocupacional Organização Mundial de Saúde, foi adaptado para a ABHO e revisado por José Manoel Osvaldo Gana Soto

quarta-feira, maio 09, 2012

UM ESTUDO DOS RISCOS DE ACIDENTES NO FRIGORÍFICO



Washington Luís Vieira da Silva
Departamento de Engenharia de Produção-NEP-Universidade Federal da Paraíba -João Pessoa-PB
E-mail: wlvs@bol.com.br

Wellington Miranda de Andrade
Departamento de Engenharia de Produção-NEP-Universidade Federal da Paraíba -João Pessoa-PB
E-mail: oleomir@bol.com.br

The present work has for objective to identify and to analyze the risks of accidents of the existent work in a butcher shop, through the Technique of Critical Incidents.

We denominated risks, a situation in which the individual is in the imminence of the danger of accidents [1]. It is indispensable we know how to identify and to evaluate the risks, that is, the latent aggressive characteristics in machines, equipments, energy, raw materials, etc., employees in the human activities. The risks are traditionally divided in five classes, characterized by the respective risk agents, like this contained: chemical, physical, biological agents, mechanics and ergonomic [1]. Whole safety's measures have the purpose of protecting the people through the following alternatives: eliminating, isolating or signalling the risks [1].

The subject of the risks in the work is an including subject where there is a fan of alternatives that demands participation of everybody that compose the organization chart of the company. To prevent accidents besides being a legal obligation for the company is also an activity of technical, administrative and economic value for the organization and of invaluable benefit for the employees and for the society.

Keywords: analysis, risks, accidents

1.Objetivos

O presente trabalho tem por objetivo identificar e analisar os riscos de acidentes do trabalho existentes em um frigorífico, através da Técnica de Incidentes Críticos.

2.Metodologia

Serão utilizados como metodologia, questionários, entrevistas e técnicas apropriadas para percepção dos riscos iminentes e obter comumente, uma visão apurada do posto de trabalho em estudo.

3.Introdução

Denominamos riscos, uma situação na qual o individuo está na iminência do perigo de acidentes [1]. É indispensável sabermos identificar e avaliar os riscos, isto é, as características agressivas latentes em máquinas, equipamentos, energias, matérias-primas, etc., empregados nas atividades humanas. Os riscos são tradicionalmente divididos em cinco classes, caracterizados pelos respectivos agentes de risco, assim agrupado: agentes químicos, físicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos [1]. Todas as medidas de segurança têm a finalidade de proteger as pessoas através das seguintes alternativas: eliminando, isolando ou sinalizando os riscos [1].

A questão dos riscos no trabalho é um assunto abrangente onde há um leque de alternativas que demanda participação de todos que compõem o organograma da empresa.

Prevenir acidentes além de ser uma obrigação legal para a empresa é também uma atividade de valor técnico, administrativo e econômico para a organização e de inestimável benefício para os empregados e para a sociedade.

Na medida em que os acidentes são prevenidos diminui-se sua interferência nos componentes da qualidade, produtividade, quantidade, prazo e custo, logo, a prevenção de acidentes é um fator de produtividade para a empresa mais especificamente.

Essa prevenção se consegue, na prática, corrigindo e não criando condições inseguras nas áreas de trabalho, evitando os atos inseguros da parte do trabalhador.

Sabemos que todo e qualquer acidente do trabalho, culmina com prejuízos sejam eles materiais e/ou humanos, onde o homem e o meio são os dois únicos elementos inseparáveis e inevitáveis. Então uma forma de prevenir acidentes seria controlá-los e evitá-los aperfeiçoando o ambiente de trabalho ao homem.

4.Os agentes de riscos e suas características

Agentes Químicos

Pertencem ao vasto campo da ciência química e são encontrados nas atividades humanas, nos estados liquido, sólido ou gasoso. São os produtos com características corrosivas, tóxicas, alergênicas etc. A corrosividade de certos ácidos serve para ilustrar o assunto. Trata-se de uma propriedade do ácido e de um risco inerente às atividades que o empregam. Sob controle, isto é, manipulado sob todos os requisitos exigidos pelas normas de segurança, deixa de ser um perigo. No ambiente de trabalho, quando em contato com o organismo, podem exercer dos tipos de ações: ação localizada (atuam somente na região em contato) e ação generalizada (após o contato, os agentes são absorvidos e distribuídos para diferentes órgãos e tecidos). Podem ter três tipos de vias de absorção: respiratória ou inalatória, cutânea e digestiva. Podem apresentar-se no ambiente de trabalho de duas formas: distribuídos no ar (gases e vapores), divididos e suspensos no ar (poeiras, fumos, névoas, produtos químicos em geral e neblinas).

Agentes Físicos

São do campo da ciência física, considerando os agentes físicos diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: pressões anormais temperaturas altas ou baixas; ruídos; vibrações; diversos tipos de radiações; diversas formas de energia, como por exemplo, a eletricidade.

Agentes Mecânicos

São os que têm as características de agredirem as pessoas por meio de alguma ação mecânica. Alguns exemplos: qualquer obstáculo contra o qual alguém pode bater e sofrer uma lesão; peças de maquinaria em movimento; superfícies abrasivas; arestas cortantes etc. Uma faca exemplifica. Quanto mais afiada, mais eficaz o instrumento e mais acentuado o risco. O gume é a principal característica da faca; é um risco inerente ao trabalho no qual é usada. O perigo poderá estar na maneira de usá-la, na exposição da pessoa ao seu fio.

A eletricidade serve como paradigma. A corrente elétrica é agressiva ao homem alem de poder causar incêndios e explosões que resultam em grandes perdas. È um risco inerente às diversas atividades que empregam essa energia nas suas diversas formas de uso, instalações, e aparelhos elétricos construídos sob rígidos padrões de segurança e mantidos em boas condições neutralizam o risco para o homem e para a propriedade. O risco inerente, no caso a corrente elétrica, continua existindo, mas não será um perigo se estiver sob controle. Perigo há nas instalações mal feitas, improvisações, fios energizados expostos, sobrecarga etc., que podem causar danos a alguém ou a alguma coisa.

Agentes Biológicos

Denominamos agentes biológicos todos os microorganismos, como bactérias, vírus, fungos, protozoárias etc., cujas características agressivas ao homem provoca algumas doenças ocupacionais. São comuns em industrias farmacêuticas que trabalham com, ou cultivam, microorganismos para pesquisas ou produção de medicamentos. Estão presentes também em serviços hospitalares, porto-socorro e em industrias e estabelecimentos de produtos alimentícios, principalmente de origem animal, em curtumes, frigoríficos etc. Em qualquer ramo da industria pode estar presente nas instalações sanitárias, no ambulatório e mesmo na cozinha e refeitório. O perigo do contato de pessoas com o agente agressivo pode ser prevenido por meio de confinamento do agente, pelo uso de equipamentos de proteção individual ou por medidas de higiene. Existem três tipos diferentes de vias de penetração dos agentes biológicos no organismo humano, são elas: cutânea (ferimentos ou lesões na pele) digestiva (ingestão de material ou alimentação contaminada) e respiratória (aspiração de ar contaminado).

Agentes Ergonômicos

Ergonomia é o estudo dos problemas relativos ao trabalho humano, para a preservação de seu bem–estar físico e mental. Os agentes ergonômicos são necessariamente caracterizado pela relação homem / atividade. Aparecem em conseqüência de posturas que as pessoas assumem ou de esforço que exercem na execução das atividades, em razão de: vícios, negligência, ou mau preparo para a execução da tarefa que lhes cabe; inadequação do seu porte físico - estatura, envergadura, resistência – aos equipamentos, máquinas, ferramentas com as quais tem de trabalhar; situação de stress físico ou psíquico, trabalhos em turno diurno e noturno, monotonia e repetitividade, jornadas de trabalho prolongadas; falhas em projetos de maquinaria, ferramental, instalações, etc., que levam as pessoas a posturas inadequadas ou esforços excessivos; velocidades ou esforços excessivos devido ao arrocho do tempo padrão estabelecido para a tarefa.

Os agentes ergonômicos podem provocar distúrbios psicológicos e fisiológicos no trabalhador. Os danos provocados podem prejudicar não só sua produtividade, como também sua segurança. Exemplificando situações onde este agente está presente: uma pessoa ter de trabalhar o tempo todo, ou por longos períodos agachada; alguém de baixa estatura ter de operar máquina, cujos comandos estão em altura que seria confortável para uma pessoa alta; um digitador ser obrigado a efetuar um numero de toques, por minuto, maior que reconhecido como o limite normal para essa atividade.

A segurança do trabalho depende do reconhecimento dos limites físico e orgânico do homem a serem respeitados por projetistas de máquina, ferramentas e outros utensílios e pelos dirigentes de empresas, acima de tudo, pelos próprios executantes das tarefas, que tomando medidas que adaptam o homem ás condições dignas de trabalho possam prevenir graves danos à saúde do trabalhador.

5.Medidas de segurança

Um serviço de Segurança terá falhado na sua função se os riscos existentes no local de trabalho gerados pelos referidos agentes e fatores, não forem eliminados ou controlados com sucesso.

As medidas de segurança são aplicadas para proteger as pessoas por intermédio de uma das seguintes alternativas: eliminando, isolando ou sinalizando o risco.

Eliminar o risco significa torná-lo definitivamente inexistente, o que poucas vezes se consegue. Isto é conseguido nos seguintes casos: substituir-se um produto tóxico por um inócuo; substituir-se uma máquina cujo perigo não existe na substituta etc. Consegue-se

também por meio de reparos, corrigindo-se defeitos nos piso, escadas etc., corrigindo-se as falhas de máquinas, instalações etc.

Isolar o risco é a alternativa mais aplicada, mas não é válida como substituta da anterior, quando o perigo pode ser eliminado. A grande maioria dos riscos é apenas isolada, embora o método de isolamento muitas vezes isente as pessoas definitivamente do acidente. Por exemplo, muitas partes perigosas de maquinas, tais como engrenagens e correias, são isoladas por anteparos protetores, mas nem por isso deixam de existir; a corrente elétrica é um risco que não deixa de existir pelo fato de serem isolados fios, cabos e aparelhos; as características agressivas de um material corrosivo continuam existindo, embora isolados em recipientes adequados etc.

Sinalizar o risco é o recurso que se aplica quando não há possibilidade de se aplicar um dos dois anteriores. Não deve ser usada em substituição a eles, a não ser em caráter precário e temporário, enquanto se tomam as medidas definitivas. Exemplo de risco que só pode ser sinalizado é a extremidade de um cais, cuja depressão não pode ser eliminada e nem isolada; neste caso, uma faixa com listras transversais, em preto e laranja, é pintada com advertência do perigo.

Os objetivos da aplicação de medidas técnicas de segurança do trabalho são, na ordem de preferência, para: eliminar a probabilidade de ocorrência de acidentes, dificultar ao máximo a ocorrência de acidentes e evitar maior gravidade caso ocorram.

6.Resultados e Discussão

Através de um estudo superficial do posto de trabalho (Frigorífico) foram detectados os seguintes meios que possibilitam o acontecimento dos acidentes, que são os seguintes: facas, serras manuais e elétricas, moedor, amaciador e os ganchos.

Com a coleta de dados foram levantadas as causas mais freqüentes dos acidentes ocorridos no ambiente de trabalho, que são: excesso de confiança no manuseio da maquinaria já por portar uma certa habilidade há algum tempo; a tentativa de agilizar o processo devido a grande demanda ou até mesmo por atraso dos funcionários; diálogos desnecessários enquanto realizam as tarefas; o posicionamento de certas máquinas do ponto de vista ergonômico; falta de sinalização adequada; falta de limpeza no que diz respeito a formação de poças de sangue, vazamento das freezers e torneiras, caracterizando a possibilidade de quedas com possíveis fraturas daqueles que estão ligados intimamente com as tarefas; e preocupações referentes a vida pessoal que podem lhe tirar a atenção da tarefa em execução.

No ambiente de trabalho em estudo (frigorífico), foram levantadas as causas mais freqüentes dos acidentes ocorridos naquele ambiente de trabalho.Um dos pontos em discussão diz respeito à questão da organização do local de trabalho, onde há momentos durante a realização das tarefas, que as bancadas onde as peças de carne são tratadas ficam amontoadas de retraços referentes às peças maiores assim como um grande número de ganchos e facas que ficam espalhadas sobre as mesmas e com isso caracterizando um risco de acidente, até porque ao reduzir-se o espaço de trabalho, torna-se mais suscetível àquele local à ocorrência do acidente.No caso é necessário que o local de trabalho seja espaçoso o suficiente para a realização daquela tarefa que exige uma movimentação constante além de boa atenção e acuidade visual.Com isso surge a preocupação do local de trabalho ser limpo e bem organizado, pois é de fundamental importância que todos compreendam que resultarão em menos desperdícios e mais segurança.

Além desse fator organização, observamos também que a tentativa de imprimir excesso de velocidade a fim de agilizar o processo devido a grande demanda, produzir mais para trabalhar com mais folga mais tarde, competição com os colegas mesmo sem visar lucros e até casos em que se procura compensar qualquer atraso de produção usando esse expediente perigoso e nem sempre compensador economicamente são um dos motivos

que levam práticas inseguras desta natureza. A questão de imprimir excesso de velocidade também pode ser observado nas máquinas daquele estabelecimento. O impressionante é que a forma com que as pessoas correm grandes riscos de lesões sejam elas por processos repetitivos ou por colocarem parte do corpo, principalmente as mãos, em pontos perigosos onde no caso em estudo temos equipamentos manuais como serras, facas e outros elementos contundentes e também equipamentos elétricos como amaciadores, moedores e máquina de serrar onde a operação nessa última necessita de muita atenção, pois os produtos que entram em contato com a mesma libera constantemente sangue tornando a superfície de trabalho extremamente escorregadia, daí onde surge a necessidade já mencionada anteriormente que é a questão da limpeza do posto de trabalho.Vale ressaltar ainda que durante a operação da máquina de serrar existe a possibilidade de algumas partículas volantes serem lançadas contra os olhos do operador.

Sabemos que usar os maquinários e equipamentos são necessidades dos meios de produção e a grande preocupação é que os mesmos estão sendo utilizados com grande excesso de confiança já por portar uma certa habilidade há algum tempo.Abusando dessa tal habilidade deixam muitas vezes de obedecer ou seguir esta ou aquela regra de segurança, por acharem que elas poderão ser substituídas pela habilidade ou pela atitude absurda que chamam de coragem. Justamente devido a toda essa “habilidade adquirida” surgem as conversas paralelas do cotidiano que são perceptivelmente desnecessárias e tudo isso ocorrendo enquanto as máquinas estão sendo operadas. É nesse momento que enquanto suas atenções lhes são retiradas a partir de então surge a propensão ao acidente.

Ainda observando a questão da limpeza, no local de trabalho ocorrem formações de poças de sangue enquanto as peças que são os dianteiros e traseiro do boi são retalhadas. O fato é que além disto, observamos que o piso é todo em cerâmica o que torna a movimentação no local um risco de que ocorra uma possível queda daquelas pessoas que ali trabalham seguida de lesões mais graves. A maneira de vestir-se também faz parte da segurança de quem trabalha e usar roupas e calçados inadequados em relação ao trabalho que se executa é por em prática um ato condenável, que muitas vezes expõem uma pessoa a riscos adicionais àqueles típicos de sua atividade.

Tomando por base o risco ergonômico, a forma como são transportadas as peças que são os dianteiros e traseiros é um outro tipo de ato inseguro, pois se o individuo não saber a maneira correta de levantar volumes poderá sofrer lesões na espinha dorsal, nos músculos lombares e abusando de sua capacidade física e tentar carregar peso excessivo incorrerá no mesmo risco.

O ato inseguro independe do fato de ser o trabalho executado manualmente ou por meios mecânicos. Desde que seja efetuado de maneira perigosa, é ato inseguro. Instruções ao funcionário de como fazer o trabalho, treinamento para que consiga realiza-lo corretamente e disciplina para que seja feito de maneira correta são requisitos indispensáveis para a segurança dessa atividade.

Abordando a forma de como é distribuído o layout do ambiente de trabalho, pode-se dizer que existem passagens perigosas, que são locais de passagem obrigatórias, quando não providas das devidas medidas de segurança. É o caso do posicionamento da máquina de serrar que se encontra num local onde há um fluxo considerável de funcionários, fato que não deve ocorrer, pois qualquer ação involuntária de alguém que passe possa resultar num contato físico com o operador da maquina fazendo com que o mesmo venha a perder o equilíbrio e submeter-se num acidente de grandes proporções.

7.Bibliografia

GUALBERTO FILHO, Antônio. O Princípio da Produção Segura. Cadernos do DEP, v.4, n.12, São Carlos, UFSCAR, 1989.

COHN, A; HIRANOS, S; KARSH, U.S; SAFO, A.K. Acidentes de trabalho: uma forma de violência. São Paulo: Brasiliense, 1985.

[1] ZOCCHIO, Álvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho. 6.ed. São Paulo: Atlas, 1996.

Trabalho em condições hiperbáricas

Trabalho em condições hiperbáricas


El trabajo en condiciones hiperbáricas

Work in hyperbaric conditions


*Enfermeiro Sanitarista – Discente do Curso de Pós Graduação Lato Sensu

Especialização em Enfermagem do Trabalho do Centro de Ensino Literatus

**Professor Orientador – Centro de Ensino Literatus

***Especialista em Saúde do Trabalhador

(Brasil) Micherlan Pereira da Silva*

MSc. Jansen Atier Estrazulas**

Elias Pereira de Lacerda***

micherlanps@bol.com.br





Resumo

As atividades profissionais desenvolvidas em ambientes hiperbáricos vem-se mostrando bastante promissoras. Duas vertentes de trabalho são descritas: o mergulho em grandes profundidades e uso do ar comprimido em câmaras hiperbáricas com a finalidade terapêutica. Como metodologia foi utilizada à pesquisa qualitativa descritiva, baseada em pesquisa bibliográfica, tendo como objeto de estudo o trabalho em condições acima da normalidade. Neste sentido, este trabalho tem como objetivos descrever profissões que atuam nessas condições, expondo a legislação vigente para o trabalho com ar comprimido e apresentar as principais patologias relacionadas ao ambiente pressurizado.

Unitermos: Trabalho. Hiperbárica. Mergulho

http://www.efdeportes.com/efd142/trabalho-em-condicoes-hiperbaricas.htm

Introdução

O interesse pelo tema Trabalho em condições Hiperbáricas se desenvolveu apartir de estudos referentes ao papel do Enfermeiro no tratamento de feridas com oxigenoterapia hiperbárica. Mas, o trabalho sob pressão atmosférica elevadas não se restringe apenas à vertente terapêutica, pois essa prática de trabalho é muito utilizada por mergulhadores de alta profundidade. Seja qual for à modalidade profissional, este tipo de atividade está diretamente relacionado aos aspectos físicos e fisiológicos do mergulho, sendo que o trabalhador hiperbárico utiliza cilindro com ar comprimido para respirar. O maior problema do mergulho é a descompressão, que é a retirada dos gases que estão dissolvidos no sangue, que acontece na subida lenta para retornar à superfície. Em altas pressões, um maior número de partículas de gases consegue se dissolver no sangue e se há uma mudança muito brusca da pressão externa (subida muito rápida), os gases que estão dissolvidos no sangue tentarão sair do corpo.

Este estudo possui relevância social que pode ser apontado por dois momentos distintos. No primeiro momento pelo crescimento atual do número de profissionais mergulhadores para o suprimento das necessidades do mercado de trabalho que se mostra promissor, tendo em vista a hegemonia brasileira na exploração de petróleo e seus derivados. A atual descoberta de imensas reservas petrolíferas na extensa área marítima brasileira (camada pré-sal, bacia de Campos, entre outras) se faz indispensável as atividades de mergulho profundo para o dinamismo de tarefas explorativas.

No segundo momento as atividades hiperbáricas se aproximam da sociedade através do uso da OHB (Oxigenoterapia Hiperbárica) como método terapêutico alternativo para diversas patologias, como: no auxílio para cicatrização de feridas refratárias (Úlceras de pele, pé diabético, escaras de decúbito, úlceras por vasculites auto-imunes, deiscências de sutura), queimaduras térmicas ou elétricas, osteomielite, Envenenamento por monóxido de carbono ou inalação de fumaça, gangrena gasosa, entre outras. Além disso, serve como tratamento para acidentes provenientes de atividades de mergulho, no qual podemos citar as embolias gasosas, doença descompressiva e embolia traumática pelo ar. Por fim, a relevância acadêmica é demonstrada pela escassez de literatura que embase uma reflexão sobre trabalhos em ambientes pressurizados.

Este artigo tem o objetivo principal de descrever sobre o trabalho em ambientes no qual a pressão atmosférica se encontra acima dos valores normais. A escolha do tema se inicia pela experiência profissional do pesquisador no tratamento de feridas com oxigenoterapia hiperbárica, tendo em vista, que o referido tratamento é realizado em compartimentos selados resistentes a pressão: as chamadas câmaras hiperbáricas.

Análise metodológica

Este trabalho foi realizado através do método qualitativo, descritivo, do tipo estudo bibliográfico, sendo os dados da pesquisa coletados em livros, artigos científicos, legislações trabalhistas, manuais, entre outras fontes bibliográficas.

Conforme Ander Egg in Lakatos (2006, p.43):

A pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo quer requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: É encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. Especificamente é “um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo de conhecimento”.

Para Minayo (2003) a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Esclarece que a abordagem qualitativa aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas, um lado não captável em equações, médias e estatísticas.

Conforme indicam Marconi e Lakatos (2002, p. 43) “a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias trata-se de levantamento de toda bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita...”

Contexto histórico do trabalho hiperbárico

Etimologicamente, hiperbárico é o termo composto pelos radicais hiper + baros. Hiper é um prefixo grego que indica excesso ou acima; baros, também oriundo do grego, indica pressão, peso ou densidade. Também relacionado com, produzindo, operando ou ocorrendo em pressões maiores que a pressão atmosférica normal.

Para discorrer sobre a prática em ambientes pressurizados é indispensável um breve histórico sobre o surgimento das práticas de mergulho. Tendo em vista, que a mesma é uma atividade humana de origem tão remota que existem provas que datam do ano 2.000 A.C., encontradas no Peru. Durante séculos tentou-se diferentes formas de equipamentos para realização de mergulhos.

Segundo o manual de oxigenoterapia em 1623 inventou-se um traje de mergulho que recebia ar da superfície por meio de uma mangueira de couro e uma draga, para recuperar tesouros. No ano de 1837 o inglês Siebe revolucionou os sistemas de mergulho existentes ao desenhar uma roupa de mergulho fechada, exceto nas mãos, na qual o mergulhador ficava protegido do frio e dos contatos com fundo marinho, e o ar era suprido da superfície por uma mangueira, mediante uma bomba. Mais de um século depois um engenheiro e um oficial da Marinha de Guerra francesa, Cousteau, construíram o que seria o equipamento autônomo para respiração subaquática, com o complemento de nadadeiras, o que permitia ao homem nadar em qualquer direção.

Com o passar dos anos, o desenvolvimento e o incentivo as explorações submarinas petrolíferas, fez-se necessário a utilização de equipamentos mais sofisticados e pessoal melhor qualificado para a realização dessa atividade que se tornava cada vez mais complexa, devido a profundeza das reservas de petróleo. Com isso o efeito narcótico do nitrogênio dificultava a realização de mergulhos em maiores profundidades e limitava o tempo de permanência no fundo.

Em 1925 a empresa Experimental Diving Unit dos Estados Unidos interessou-se pelo hélio, um gás neutro que parecia ser capaz de substituir com vantagem o nitrogênio nas misturas respiratórias. Descobriu-se que o hélio permitia mergulhos a profundidades muito maiores e por mais tempo, sem o aparecimento da perigosa narcose (termo que pode ser entendido como uma depressão reversível e inespecífica do Sistema nervoso central, produzida por diversas substâncias).

Nos anos 60, foi desenvolvido o conceito de Mergulho de Saturação, pelo fato do gás inerte equilibrar-se com a pressão ambiente em todos os tecidos. Um mergulhador permanecendo por certo tempo em determinada profundidade, saturará todas as partes do seu organismo.

Este conceito permite a permanência de mergulhadores executando trabalhos submersos, sob severas pressões, por vários dias.

Ainda sobre achados históricos, o uso de ambientes hiperbáricos para fins terapêuticos também é apresentada em diferentes épocas. Já por volta de 1600, profissionais variavam a pressão atmosférica na tentativa de curar, Usando um sistema de órgãos de foles. Em 1622 um clérigo britânico chamado Henshaw podia ajustar a pressão dentro de uma câmara selada chamada domicilium. O princípio simplista por detrás de seu uso era que condições agudas responderiam a pressões atmosféricas elevadas, ao passo que condições crônicas se beneficiariam a partir da redução da pressão.

Em 1670, Robert Boyle observou como o olho de uma serpente podia emitir uma bolha de gás visível através da córnea (a membrana transparente externa na frente do olho). Ele concluiu que tecidos submetidos a descompressão rápida podiam emitir bolhas de gases previamente dissolvidos. Sua conclusão está incluída na lei de Boyle, a qual declara que em uma temperatura constante, o volume e a pressão de um gás são inversamente proporcionais. Em outras palavras, um gás irá comprimir proporcionalmente a quantidade de pressão exercida sobre ele.

Com passar do tempo, aparelhos de ar comprimido evoluíram na aparência e função. Também foi descoberto que o uso de ar comprimido podia facilitar outros métodos. Por volta de 1830, alguns médicos franceses empregaram os então chamados “banhos de ar comprimido” para uma série de males, tais como tuberculose pulmonar, surdez, cólera, anemias, hemorragias e coqueluche.

Um cirurgião francês chamado Fontaine criou uma câmara móvel que tirava proveito de uma lei básica da física (lei de Henry), a qual declara que a solubilidade de um gás num líquido é proporcional a pressão do gás sobre a solução, fazendo com que nenhuma reação química ocorra. Ao aumentar a pressão atmosférica dentro da câmara, Fontaine foi capaz de aumentar a quantidade de oxigênio transportada pela corrente sanguínea do paciente durante a administração da anestesia com óxido nítrico. Isto impedia que os níveis sanguíneos de oxigênio caíssem muito como tipicamente ocorria com aprofundamentos anestésicos cirurgicamente aceitáveis.

O autor Caixeta (1999, p.2) relata que:

Em 1878 Paul Bert, em seu famoso livro “La Pression Barometrique”, estudou pela primeira vez, as bases fisiológicas do tratamento hiperbárico, mostrando a intoxicação pelo oxigênio sob pressão no organismo animal, e em 1895, Haldane demonstrou experimentalmente com animais de laboratórios, o efeito protetor do oxigênio hiperbárico no tratamento da intoxicação pelo monóxido de carbono. Embora tenha havido relatos da utilização de oxigênio puro em câmaras hiperbáricas, este procedimento só foi aceito pela comunidade científica a partir de 1930 e limitava-se, praticamente, ao tratamento de casos de Doença Descompressiva (DD) entre mergulhadores. Estudos realizados nos EUA e Europa começaram a estabelecer os limites de segurança na utilização do oxigênio puro sob pressão.

No início do século XX, Cunnigham observou que pacientes com doença cardiovascular que morassem em altitudes maiores passavam piores que pacientes comparáveis vivendo mais próximos do nível do mar. Suspeitando que mudanças altitude-dependentes da pressão atmosférica fossem as responsáveis, Cunningham formulou a hipótese de que aumentando a pressão além de um nível normobárico conferiria um benefício ainda maior. Ele tratou com sucesso uma jovem colega com gripe que estava próxima da morte por falta de oxigênio secundário a restrição da função pulmonar. Com aquele sucesso inflando sua confiança, ele desenvolveu uma câmara cilíndrica de aproximadamente 3 metros de diâmetro por 27 metros de comprimento, que podia ser usada para muitos problemas.

A sorte de Cunningham tomou outra guinada após a recuperação de um paciente afligido com doença renal. Atribuindo sua recuperação a terapia hiperbárica, o paciente agradecido construiu para Cunningham uma câmara perfeita para um rei. Esta câmara, construída em Kansas City em 1921, era uma bola inteira de aço de aproximadamente 20 metros de diâmetro e equipada com uma sala de espera, sala de refeições, tapetes caros e quartos particulares.

Ainda sobre o contexto histórico o autor Caixeta afirma que no Brasil, em 1930, o professor e médico Dr. Osório Augusto de Almeida (figura1), no Hospital das Clínicas de São Paulo, passou a utilizar a OHB experimentalmente no tratamento de diversas patologias, sendo o primeiro brasileiro e usar câmara hiperbárica em medicina como terapêutica.

Em 1955, Churchill-Davidson, na cidade de Londres, realizou experiências combinando este método com o tratamento pelos raios X para irradiação de tumores malignos. No mesmo ano em Amsterdam, o médico Boerema utilizou experimentalmente o ambiente hiperbárico para executar cirurgia cardiovascular, e juntamente com Brummelkamp, introduz a OHB no tratamento de casos de gangrena gasosa. Em 1960, Smith e Sharp e Glasgow, obtiveram excelentes resultados com o tratamento de intoxicação pelo monóxido de carbono (CO) através da OHB.

Foi a partir de 1955, outros estudos foram feitos na Europa e nos EUA, nestes países começaram os estudos sobre os efeitos biológicos que ocorrem quando uma pessoa, além de ser submetida a pressões elevadas, respira oxigênio a 100%. A partir daí estavam iniciadas as bases da Oxigenoterapia Hiperbárica. Foram necessários porém muitos anos de pesquisa, além de uma boa dose de persistência e coragem, para que esta terapêutica passasse a ser reconhecida (Dias, 2000).

Caixeta salienta que o ano de 1967 foi o início de tudo. Ocorreu um simpósio internacional e deste evento nasceu à primeira sociedade que recebeu o nome de “Undersea and Hiperbaric Medical Society”. Nesta mesma década a Marinha brasileira iniciava-se a utilização de câmaras hiperbáricas no tratamento de acidentes específicos de mergulho, entre outros casos clínicos que necessitavam de terapêutica descompressiva.

Oxigênio e a Física do Mergulho

As atividades desenvolvidas em ambientes hiperbáricos estão diretamente relacionadas com o oxigênio e o mergulho, para melhor compreensão das mesmas serão necessários conhecimentos pertinentes à física do mergulho e a lei dos gases.

O nome oxigênio (do grego oxis = ácido e geno, da raiz yev = gerar) foi dado por Lavoisier (Antonier Laurent Lavoisier (1743-1794), Considerado o pai da química, foi o primeiro a observar que o oxigênio, em contato com uma substância inflamável, produz a combustão. Descobriu a função do O2 na respiração, nas oxidações, nas reações químicas e foi também quem propôs o seu atual nome). Em 1774 após ter observado que existiam muitos ácidos que continham o mesmo como componente.

Segundo Ferreira (2000, p. 506):

Oxigênio (cs) Sm. Quím. 1. Elemento de número atômico 8 [simb: O]. V. calcogênio. 2. Forma diatômica do oxigênio (1), gás que constitui cerca de 21% da atmosfera, incolor, insípido, com grande atividade química, indispensável a quase todas as formas de vida [fórm: O2].

No planeta terra, nas condições normais de temperatura e pressão o oxigênio se encontra no estado gasoso, representando aproximadamente 20% da composição da atmosfera terrestre.

É um dos elementos mais importante da química orgânica, sendo indispensável para manter a vida a cada instante, através de processos biológicos e bioquímicos que ocorrem no interior das células.

O oxigênio é transportado pela hemoglobina através do sangue e se difundi até chegar a uma organela citoplasmática chamada de mitocôndria. No interior da mesma o átomo de oxigênio para ser utilizado deve ser separado da molécula de oxigênio, através de um processo bioquímico conhecido como fosforilação oxidativa, resumidamente, o oxigênio, ao ser utilizado, gerando gás carbônico e água, produz um composto de alta energia, que é a adenosina trifosfatase (ATP), que posteriormente será utilizado como fonte de energia para qualquer trabalho bioquímico realizado pela célula. Responsável pela respiração celular a mitocôndria fornece energia necessária para diversas funções celulares.

Em todas as misturas respiratórias o oxigênio é relevante. A maior parte dos seres humanos está fisiologicamente adaptada a viver ao nível do mar, onde a pressão ambiente é de 1 atmosfera absoluta e a pressão parcial de oxigênio é de aproximadamente 0,21 ATA. Há quem sobreviva na altitude a pressões com 0,1 ATA de oxigênio no ar inspirado. Considera-se normalmente 0,16 ATA o mínimo para sobreviver. No mergulho, o oxigênio deve estar presente numa pressão parcial de 0,2 ATA para evitar hipóxia (MARQUES, 2004).

A Lei dos Gases

De acordo com o manual de oxigenoterapia os gases estão submetidos a três fatores que estão intimamente relacionados entre si: temperatura, pressão e volume. Quando exposto as diferentes pressões e temperatura seu comportamento é explicado pela teoria da energia cinética dos gases, que estabelece que: “A energia cinética de todos os gases, a uma dada temperatura, é a mesma”.

Para qualquer gás, se o número de impactos ou a força de impacto variar, haverá alteração na pressão. Se a temperatura aumentar, haverá um acréscimo na velocidade das moléculas que resultarão em impactos de maior força e freqüência, aumentando a pressão. Se a temperatura diminuir, a velocidade das moléculas será mais lenta, diminuindo a força e freqüência dos impactos, conseqüentemente a pressão será menor.

A variação do volume também altera a pressão. Reduzindo o volume, o número de impactos aumentará conseqüentemente, sua pressão será maior. Se aumentarmos o volume conseqüentemente a pressão diminuirá.

De acordo com a Teoria Cinética dos Gases, a mudança em um dos fatores (volume, temperatura e pressão) resultará em alteração dos outros fatores.

As leis dos gases envolvidas no mergulho são:

Lei de Boyle – Descrita pelo Britânico Robert Boyle (1627-1691) que se destacou pelos seus trabalhos no âmbito da física e da química.

“Se a temperatura permanece constante, o volume de um gás variará inversamente com a pressão absoluta” (figura 1).



Figura 1. Lei de Boyle

Fonte: www.feridologo.com.br

Lei de Charles – Também conhecida como lei de Gay-Lussac, é a lei dos gases perfeitos, afirma que: à uma pressão constante, o volume de uma quantidade constante de gás aumenta proporcionalmente com a temperatura.

“A pressão absoluta e o volume de um gás variam, cada um, diretamente com sua temperatura absoluta” (figura 2).



Figura 2. Lei de Charles

Fonte: Manual EFEMDHB, 2001

Lei de Dalton – O químico e Físico Inglês John Dalton descreve que:

“A pressão exercida por uma mistura de gases é igual à soma das pressões parciais de cada gás na mistura”

Lei de Henry – Publicada em 1803 pelo químico Inglês William Henry , esta formulação equaciona a solubilidade do gases em líquidos:

“A quantidade de gás que dissolve num meio líquido, a uma determinada temperatura, é diretamente proporcional à pressão do gás sobre o líquido”.

Trabalhos em ambientes hiperbáricos

Mergulho

Atualmente as atividades de mergulho podem ser classificadas de diferentes formas, Como por exemplo, o mergulho em apnéia no qual o mergulhador não respira, logo, permanecendo um tempo restrito sob a água. Ao contrário do mergulho com respiração subaquática que é realizado com a utilização de algum tipo de equipamento para provir ar ao mergulhador. Essa classificação ainda pode ser dada por:

Quando ao gás respirado e profundidade:

1. Mergulho com gás comprimido = mergulho raso. Profundidade de até 50 metros. É o limite para a utilização do gás comprimido.

2. Mergulho com mistura respiratória artificial (MRA) = mergulho fundo. Profundidade maior que 50 metros. É usada uma mistura respiratória, composta de hélio e oxigênio (HeO2).

Quanto ao tempo:

1. Mergulho Simples: é aquele realizado após um período maior que 12 horas de outro mergulho;

2. Mergulho Repetitivo: é aquele realizado antes de decorridas 12 horas do término de outro mergulho;

Quanto ao tipo de equipamento:

1. Mergulho autônomo: é aquele no qual a fonte de respiração é transportada pelo mergulhador;

2. Mergulho dependente: é aquele no qual a fonte respiratória está na superfície, e chega ao mergulhador através de uma mangueira integrante do "umbilical".

3. Mergulho com umbilical ligado diretamente a superfície: o mergulhador está preso a superfície, pela linha de vida. Somente permitido em mergulho até 50 metros;

4. Mergulho com Sino Aberto (Sinete): campânula com a parte inferior aberta e provida de estrado, de modo a abrigar e permitir o transporte de no mínimo dois mergulhadores da superfície ao local de trabalho.

Deve possuir sistema próprio de comunicação, suprimento de gases de emergência e vigias que permitam a observação de seu exterior. É permitido em mergulhos de até 90 metros;

5. Mergulho com Sino de Mergulho (fechado): Câmara hiperbárica especialmente projetada para ser utilizada em trabalhos submersos, com a mesma pressão do ambiente de trabalho. É uma campânula fechada, utilizada para transferir os mergulhadores, sob pressão, entre o local de trabalho e a câmara de descompressão de superfície;

Aspectos legais

A legislação brasileira que regula os trabalhos desenvolvidos em ambientes hiperbáricos teve seu início com a criação da Portaria nº 73 de 02 de maio de 1959, que dispõe sobre o tempo útil de trabalho sobre tabela de descompressão, mas tal normatiza fazia referencia apenas às operações do escafandrista.

O Quadro de Atividades e Operações Insalubres da Portaria 491 de 16 de setembro de 1965, classificava como insalubridade de grau médio o trabalho com equipamentos ou em ambientes com excesso de pressão, tais como escafandros e caixões pneumáticos.

Atualmente as normas que regem as atividades submersas são:

1) Trabalhos Submersos, item 2 do Anexo 6 da NR-15, instituída pela Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, com a redação dada pela Portaria 24, de 14 de setembro de 1983. De acordo com a Norma regulamentadora 15(anexo 6) que descreve sob o trabalho em condições hiperbáricas

• Item1.1: “Trabalhos sob ar comprimido são os efetuados em ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige descompressão de acordo com as tabelas anexas”.

• Item 1.3.1: “Todo trabalho sob ar comprimido será executado de acordo com as prescrições dadas a seguir e quaisquer modificações deverão ser previamente aprovadas pelo Órgão Nacional competente em Segurança em Medicina de Trabalho”

• Item 1.3.2: “O trabalhador não poderá sofrer mais de uma compressão num conteúdo de 24 horas.”

• Item 1.3.3: “Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm2, exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão sob supervisão direta do médico responsável.”

• Item 1.3.4: “A duração do período de trabalho sob ar comprimido não deverá ser superior a 8 horas em pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm2; a 6 horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm2; e a 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm2.”

• Item 1.3.9: “Junto ao local de trabalho deverão existir instalações apropriadas à Assistência Médica”, à recuperação, à alimentação e à higiene individual dos trabalhadores sob ar comprimido”.

• Item 1.3.11: “Todo empregado sem prévia experiência em trabalhos sob ar comprimido deverá ficar sob supervisão de pessoa competente e sua compressão não deverá ser feita se não for acompanhado, na campânula, por pessoa hábil para instruí-lo quanto ao comportamento adequado durante a compressão”.

• Item 1.3.13: “Para efeito de remuneração, deverão ser computados na jornada de trabalho, o período de trabalho, o tempo de compressão, descompressão e o período de observação médica.”

• Item 1.3.14: “Em relação à Supervisão Médica para o trabalho sob ar comprimido deverão ser observadas essas seguintes condições:”

a) Sempre que houver trabalho sob ar comprimido, deverá ser providenciada a assistência por médico qualificado, bem como local apropriado para atendimento médico;

b) Todo empregado que trabalhe sob ar comprimido deverá ter uma ficha médica onde deverão ser registrados os dados relativos aos exames realizados;

c) Nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes de ser examinado por médico qualificado, que atestará, na folha individual, estar essa pessoa apta para o trabalho;

d) O candidato considerado inapto não poderá exercer a função enquanto permanecer sua inaptidão para esse trabalho.”

• Item 1.3.15.1: “Deverá estar presente no local pelo menos uma pessoa treinada nesse tipo de trabalho e com autoridade para exigir o cumprimento, por parte dos empregados, de todas as medidas de segurança preconizadas neste item,”

• Item 1.3.15.7: “A comunicação entre o interior dos ambientes sob pressão de ar comprimido e o exterior deverá ser feita por sistema de telefone ou similar”

• Item 1.3.16: “A compressão de trabalhadores deverá obedecer às seguintes regras:

e) Se algum dos trabalhadores se queixar de mal-estar, dores no ouvido ou na cabeça, a compressão deverá ser imediatamente interrompida, e o encarregado reduzirá gradualmente a pressão da campânula até que o trabalhador se recupere e não ocorrendo a recuperação, a descompressão continuará até a pressão atmosférica, retirando-se, então, a pessoa e encaminhando-a ao serviço médico”.

• Item 1.3.19 “As atividades ou operações realizadas sob ar comprimido serão consideradas insalubres de grau máximo.”

2) Norma da Autoridade Marítima para Atividades Subaquáticas NORMAN-15, aprovada pela Portaria 09 de 11 de fevereiro de 2000.

3) Para o uso de ambientes hiperbáricos com finalidade terapêutica, deve ser cumprida a resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1457/95.

Resolução C.F.M. nº 1457/95

O Conselho Federal de Medicina, no uso de suas atribuições que lhe confere a lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958.

Resolve:

Adotar as seguintes técnicas para o emprego de OHB:

• Item1.1. “A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) consiste na inalação de oxigênio puro, estando o indivíduo submetido a uma pressão maior do que a atmosférica, no interior de uma câmara hiperbárica;”

• Item1.3. “Não se caracteriza como Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) a inalação de 100% de O2 em respiração espontânea ou através de respiradores mecânicos em pressão ambiente, ou a exposição de membros ao oxigênio por meio de bolsas ou tendas, mesmo que pressurizadas, estando a pessoa em ar ambiente.”

• Item 2. “A indicação da Oxigenoterapia Hiperbárica é de exclusiva competência médica.”

• Item 3. “A aplicação da Oxigenoterapia Hiperbárica deve ser realizada pelo médico ou sob sua supervisão.”

Patologias relacionadas ao trabalho pressurizado

Conforme o autor Caixeta 1999, existem diversas patologias relacionadas diretamente com o trabalho em condições hiperbáricas dentre elas:

Barotraumas

Quando o indivíduo é submetido a uma diferença de pressão ambiente, os efeitos sensíveis ocorrem nas cavidades recheadas de ar, como os pulmões e os ouvidos. Ao submetermos o organismo a um ambiente pressurizado, a Lei de Boyle atrapalha (o volume de um gás é inversamente proporcional à pressão). Todos nós já experimentaram alguns destes efeitos, como na descida de uma serra ou mergulhando em uma piscina : a sensação de sentir os ouvidos "abafados" revelam que a pressão está aumentando sobre nosso corpo.

Barotrauma de ouvido médio

Os ouvidos possuem uma região atrás do tímpano, chamada de ouvido médio, que está cheia de ar para funcionar como uma caixa acústica, com espaço para a vibração da membrana do tímpano. Justamente por ser recheada de ar, está região é vulnerável a variação de pressão. A medida que o mergulhador afunda, a pressão da água aumenta e empurra o tímpano para dentro, provocando dor ; se o mergulhador não tomar nenhuma atitude, o tímpano poderá se romper, causando barotrauma do ouvido médio. Para evitar esse tipo de acidente, o mergulhador realiza manobra de Valsalva, assim chamada por ter sido descrita por um fisiologista italiano com esse nome: tapa-se o nariz com dois dedos, mantém-se a boca fechada e expira-se com um pouco de força. Sem opção de saída, o ar caminha pela trompa de Eustáquio, canal membranoso que liga o ouvido à garganta , e chega ao ouvido médio, preenchendo a cavidade e igualando a pressão de dentro com a de fora. Caso a operação seja mal feita e o tímpano pode se romper (o que só uma delicada cirurgia resolve).

Barotrauma pulmonar

Além do ouvido e outros espaços corporais que contém ar, em condições hiperbáricas, ocorrem mudanças na composição de gases dos pulmões. No caso do oxigênio, por exemplo, quanto maior a pressão deste gás no pulmão, maior quantidade será absorvida pelo sangue e dissolvida em todos os líquidos do corpo. Pulmões e árvore respiratória Uma estrutura rígida, a traquéia, vai se ramificando em ramos cada vez menores até que bronquíolos terminam formam os sacos alveolares. Estes mantém grande quantidade de ar no tecido pulmonar, que é bastante elástico. Na pressurização o pulmão é comprimido, se o indivíduo estiver com a respiração contida (apnéia) e a pressão for excessiva, podem ocorrer lesões ao pulmão, caracterizando o barotrauma pulmonar.

Embolia Traumática pelo ar

No mergulho com equipamento ou em câmaras hiperbáricas, o ar deve ser inspirado na mesma pressão que o ambiente, permitindo que o tórax e os pulmões tenham pressão suficiente para sua movimentação, vencendo a pressão que a água ou ar-comprimido faz sobre o peito. Se o indivíduo, nestas condições, respirar ar ou oxigênio sob pressão e conter a respiração em apnéia, no caso de ocorrer uma despressurização súbita (como no mergulho, em uma subida muito rápida à superfície), o pulmão será submetido a uma expansão súbita, com grande aumento de sua pressão interna. Isto poderá ocasionar uma ruptura de alvéolos, entrando ar no espaço pleural. Nesta caso pode haver um colapso do pulmão (pneumotórax), entrada de ar na membrana que reveste o coração (pneumomediastino) o mesmo abaixo da pele do tórax e pescoço (enfisema subcutâneo). Este acidente, muito grave, é denominado embolia traumática pelo ar (E.T.A.).

Considerações finais

A reflexão sobre atividades desenvolvidas em ambientes pressurizados possibilita conhecer e compreender a necessidade de capacitação profissional, seja qual for a vertente de trabalho. No campo de atuação de mergulhadores de alta profundidade, faz-se necessária longa experiência por parte desses trabalhadores, devido ao grande risco de acidentes provenientes da prática de mergulho, além do rigoroso cumprimento das tabelas de descompressão e de toda a legislação pertinente a profissão. Vale salientar que a norma regulamentadora 15 (anexo 6) classifica esse tipo de atividade como insalubre de grau máximo.

A outra vertente do trabalho com ar comprimido com desígnios terapêuticos, realiza suas atividades seguindo as diretrizes de segurança e qualidade expedidas pela Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica que determinam aos profissionais indicados para operar e prestar cuidado aos clientes deverão ser Enfermeiros e técnicos de Enfermagem, atendendo a Lei nº7498/86 que regulamenta o exercício profissional de enfermagem. Apesar de pouco difundida a subespecialidade de Enfermeiro Hiperbárico data de 1950, sendo relatada desde a prática da medicina hiperbárica.

A subespecialidade de Enfermeiro hiperbárico foi formalmente reconhecida em 1985 com a fundação e a incorporação de Baromedical Nurses Association (BNA). Como recomendação inicial, um conhecimento sobre lesões refratárias ajudaria na compreensão do tratamento com Oxigenoterapia Hiperbárica. É importante salientar que o Enfermeiro hiperbárico deve possuir o conhecimento sobre a física relacionada ao mergulho, compreendendo as leis dos gases, e a aplicação destas leis e seus efeitos nos pacientes submetidos à terapêutica.

É importante salientar que na fase de orientação ao cliente o profissional enfermeiro exerce a função de educador, esclarecendo ao cliente como será realizado o tratamento, orientações das rotinas da unidade (horário de chegada, adereços e adornos, perfumes e cremes e etc.), e os procedimentos dentro da câmara hiperbárica.

As atividades hiperbáricas se evidenciam como um campo de atuação profissional bastante promissor observa-se que mergulhadores de águas profundas possuem média salarial de R$ 12.000 a R$ 15.000 reais por mês, sendo considerado por alguns especialistas como a segunda profissão mais perigosa do mundo. Em contrapartida, os trabalhadores de câmaras hiperbáricas para tratamento médico ainda são pouco valorizados tendo seus proventos cerca de 20% a mais que a média salarial de um profissional da área Enfermagem da região sudeste do Brasil.

Por fim, as profissões que são exercidas sob ar comprimido com pressões acima do seu nível normal exige que esses profissionais tenham uma qualificação constante com certificação das Instituições formadoras competentes com experiência no ensino da especialidade. A legislação brasileira ainda exige que os trabalhadores tenham a periodicidade de seus exames ocupacionais de forma semestral com intenção de prevenir acidentes e patologias desta atividade.

Referências

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• BRASIL, LEIS E DECRETOS. Segurança e medicina do trabalho. São Paulo: Atlas, 2004.

• CAIXETA, Marco Antônio Ferreira. Manual de oxigenoterapia. Rio de Janeiro: Hospital Marcílio Dias /Clínica de medicina hiperbárica, 1999.

• Curso Especial de Enfermagem Hiperbáricas para Praças do CIAMA – Programa. Rio de Janeiro: Marinha do Brasil, 2000.

• DIAS, Mariza. Medicina hiperbárica. In: Diálogo médico. São Paulo, 2000, p.50-53.

• FERREIRA, Aurélio B de H. Miniaurélio Século XXI: O minidicionário da língua portuguesa. 4 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

• JORGE, S.A.; DANTAS, S.R.P.E. Abordagem multiprofissional do tratamento de feridas. São Paulo: Atheneu, 2003.

• KNOBELL, Elias. Terapia intensiva, infectologia e oxigenação hiperbárica. São Paulo: Atheneu, 2003.

• KUBAGAWA, L.M; URASAKI M.B.M. Câmara Hiperbárica: Informações básicas para a equipe de Enfermagem. Revista Paulista de Enfermagem, São Paulo v.21, n.2, p.74, maio/agosto. 2002.

• LACERDA, Elias. P.de. A atuação da Enfermagem no Tratamento com Oxigenoterapia Hiperbárica. Revista Latino-americana , 1º quadrimestre 2004, São Paulo v.1 , p. 118.

• MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.

• MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

• VIEIRA, Sebastião Ivone, Manual de saúde e segurança do Trabalho. 2.ed. São Paulo: LTr, 2008.

• MARQUES, R. Augusto. Brasil Mergulho: Oxigênio e o Mergulho. Disponível em: http://brasilmerguho.com/port/artigos/2004/027. Acesso em: 10 janeiro de 2010.

• Norma Regulamentadora (NR) 15 Anexo 6: Dispõe sobre Trabalhos em Condições Hiperbáricas. Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislação. Acesso em 17 de janeiro de 2010.

• Resolução Conselho Federal de Medicina nº 1457 de 15 de Setembro de 1995. Dispõe sobre as Técnicas para emprego da OHB.

• SILVA, Micherlan P. da. Atuação do Enfermeiro no Tratamento de Feridas com Oxigenoterapia Hiperbárica. Trabalho de Conclusão de Curso em Enfermagem, Centro Universitário Celso Lisboa, Rio de Janeiro, 2007.


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Amônia


A utilização em grande escala da Amônia nas empresas de alimentação tem gerado grande preocupação nas Áreas de SSMA, um dos grandes acidentes Industriais que podemos citar, foi um vazamento de amônia na cidade de Natal – Brasil, em empresa de beneficiamento de camarão onde veio a vitimar 127 trabalhadores, levando dois deles a óbito.
Foi quando chamou a atenção à elevada probabilidade de ocorrência de outros acidentes graves semelhantes, dada a ampla distribuição dos sistemas de refrigeração de amônia, especialmente na indústria alimentícia.
Muitas empresas alimentícias não avaliam os riscos das instalações ou mesmo tomam medidas eficazes de controle suficientes para garantir um ambiente seguro.
Nem tão pouco estabelece mecanismos de inspeções e manutenções sistemáticas nas instalações e distribuição nas áreas industriais.
As grandes falhas das instalações de Amônia na maioria das empresas começam na fase de engenharia e os custos de correção e controle são altos.
Hoje a Amônia é utilizada em grande escala por possuir as características ideais para a refrigeração conforme abaixo.

As características desejáveis para um agente refrigerante são:

Ser volátil ou capaz de se evaporar;

Apresentar calor latente de vaporização elevado;

Requerer o mínimo de potência para sua compressão à pressão de condensação;

Apresentar temperatura crítica bem acima da temperatura de condensação;

Ter pressões de evaporação e condensação razoáveis;

Produzir o máximo possível de refrigeração para um dado volume de vapor;

Ser estável, sem tendência a se decompor nas condições de funcionamento;

N ão apresentar efeito prejudicial sobre metais, lubrificantes e outros materiais

utilizados nos demais componentes do sistema;

Não ser combustível ou explosivo nas condições normais de funcionamento;

Possibilitar que vazamentos sejam detectáveis por verificação simples;

Ser inofensivo às pessoas;

Ter um odor que revele a sua presença;

Ter um custo razoável;

Existir em abundância para seu emprego comercial

A amônia atende à quase totalidade destes requisitos, com ressalvas apenas para sua alta toxicidade e por tornar-se explosiva em concentrações de 15 a 30% em volume. Ademais, apresenta vantagens adicionais, como o fato de ser o único agente refrigerante natural ecologicamente correto, por não agredir a camada de ozônio tampouco agravar o efeito estufa.

Os sistemas de refrigeração por amônia consistem de uma série de vasos e tubulações interconectados, que comprimem e bombeiam o refrigerante para um ou mais ambientes, com a finalidade de resfriá-los ou congelá-los a uma temperatura específica. Sua complexidade varia tanto em função do tamanho dos ambientes.

A produção do frio em circuito fechado foi proposta por Oliver Evans em 1805 e sua aplicação à indústria teve início na segunda metade do séc. XIX. Os processos de refrigeração variam bastante, assim como os agentes refrigerantes.

Porém, os princípios básicos continuam sendo a compressão, liquefação e expansão de um gás em um sistema fechado. Ao se expandir, o gás retira o calor do ambiente e dos produtos que nele estiverem contidos.

Ponto de Ebulição: 33,35 ºC

Peso Molecular: 17 g/mol

Ponto de Fusão: 77,7 ºC

Densidade 20ºC: 0,682 g/cm3

Aparência e Odor: Gás comprimido liquefeito, incolor, com odor característico.

Ponto de fulgor: Gás na temperatura ambiente

Temperatura auto-ignição: 651ºC

LIE: 16%

LSE: 25%

Limite de Tolerância: 20 ppm (NR 15, anexo IPVS 300 ppm

OSHA: 15 min

STEL: 35 ppm, 24 mg/m3,

ACGIH/TWA: 25 ppm, 17 mg/m3

NIOSHI: 5 mg: 50 ppm, 35 mg/m3

LT: 20 ppm, 14 mg/m3

Solubilidade em água: Alta - 1 vol de água dissolve 1300 volumes do gás

Absorção de calor: Alta - 1,1007 cal/g°C (H2O: 1cal/g°C )

É importante observar que mesmo os sistemas mais bem projetados podem apresentar

vazamentos de amônia, se operados e mantidos de forma precária.

São freqüentes os vazamentos causados por:

Abastecimento inadequado dos vasos;

Falhas nas válvulas de alívio, tanto mecânicas quanto por ajuste inadequado da pressão;

Danos provocados por impacto externo por equipamentos móveis, como empilhadeiras;

Corrosão externa, mais rápida em condições de grande calor e umidade, especialmente nas porções de baixa pressão do sistema;

Rachaduras internas de vasos que tendem a ocorrer nos/ou próximo aos pontos de solda;

Aprisionamento de líquido nas tubulações, entre válvulas de fechamento;

Excesso de líquido no compressor;

Excesso de vibração no sistema, que pode levar a sua falência prematura.

Uma instalação segura de refrigeração por amônia sustenta-se em três pilares:

Projeto apropriado, orientado por normas e códigos de engenharia;

Manutenção eficaz;

Operação adequada.

Elementos para a gestão de SSMA para estabelecimentos que possuam esse tipo de sistemas devem incluir:

Informações de SSMA do processo;

Análises dos riscos existentes;

Procedimentos operacionais e de emergência;

Capacitação de trabalhadores;

Esquemas de manutenção preventiva;

Mecanismos de gestão de mudanças e subcontratação;

Auditorias periódicas;

Investigação de incidentes.

Instalações


Cuidados especiais devem ser tomados quanto à instalação da casa de máquinas, que deve ser localizada no térreo, no nível do solo, de preferência em edificação separada. Inexistindo essa possibilidade e havendo necessidade de se mantê-la na mesma edificação onde se realizem outras atividades administrativas ou de produção, a casa de máquinas deverá ser instalada fora do prédio, com o máximo de paredes exteriores possível.

Uma ventilação adequada é fundamental e, nos casos de ambientes fechados, o pé direito deve ser no mínimo de 4 metros, existindo pelo menos duas saídas de emergência. É essencial a existência de detectores de vazamento no local.

Os escapamentos dos dispositivos de alívio de pressão devem se localizar em altura e distante de portas, janelas e entradas de ar – o ideal é mantê-los acima do telhado e pelo menos a 5 metros acima do nível do solo e a mais de 6 metros de distância de janelas, entradas de ar ou portas.


Equipamentos e materiais

Todos os equipamentos do sistema de refrigeração devem ser adequadamente dimensionados e instalados, além de testados antes de sua operação. É essencial que os componentes, inclusive tubulações, sejam devidamente sinalizados e identificados.

Condensadores, compressores, outros vasos, evaporadores e bombas devem estar equipados com válvulas de alívio de pressão. Os compressores devem ter controle de baixa pressão e dispositivo de limitação da pressão. As tubulações podem ser de ferro ou aço; zinco ou cobre são proibidos para instalações contendo amônia. A armazenagem de amônia deve ser feita preferencialmente em área coberta, seca, ventilada, com piso impermeável e afastada de materiais incompatíveis, recomendando-se a instalação de diques de contenção.

É essencial que se definam cuidados especiais com os cilindros e tanques de amônia, inclusive no seu abastecimento. Considerando o risco envolvido, todas as instalações onde existe amônia devem sofrer processo periódico de inspeção para verificação de suas condições.

Recomenda-se uma inspeção visual em todos os pontos críticos - soldas, curvas, junções, selos mecânicos - ao menos a cada 3 meses. Tanques e reservatórios devem passar por inspeção de SSMA completa, nos prazos máximos previstos na legislação (NR 13), recomendando-se radiografia de soldas e testes de pressão.

Todos as etapas da manutenção do sistema devem ser cuidadosamente especificadas e adequadamente registradas, definindo-se procedimentos específicos para operações de risco, tais como a purga de óleo do sistema, a drenagem de amônia e a realização de reparos em tubulações.

Medidas de Proteção

Pontos essenciais em relação à prevenção coletiva da exposição a amônia incluem:
Manutenção das concentrações ambientais a níveis os mais baixos possíveis e sempre abaixo do nível de ação (NR 9), por meio de ventilação adequada;

Implantação de mecanismos para a detecção precoce de vazamentos.

O desejável é a instalação de monitores ambientais acoplados a sistema de alarme, especialmente nos locais críticos.
A IIAR (Instituto Internacional de Refrigeração por Amônia) recomenda ainda a instalação de caixa de controle do sistema de refrigeração de emergência, que desligue todos os equipamentos elétricos e acione ventilação exaustora sempre que necessário.

Outras medidas de proteção coletiva incluem a sinalização adequada dos equipamentos e tubulações, a existência de saídas de emergência mantidas permanentemente desobstruídas e adequadamente sinalizadas, e a instalação de chuveiros de segurança e lava-olhos.

Sistemas apropriados de prevenção e combate a incêndios devem estar presentes e em perfeito estado de funcionamento. O ideal é a instalação de sprinkler sobre o qualquer vaso grande de amônia para mantê-lo resfriado, em caso de fogo.

Instalações elétricas à prova de explosão são desejáveis.

Entre as medidas administrativas incluem-se a permanência do menor número possível de trabalhadores na sala de máquinas. Somente os que realizam manutenção e operação dos equipamentos, a manutenção dos locais de trabalho dentro dos padrões de higiene ocupacional e a realização do controle de saúde dos expostos ao produto, enfatizando exames de olhos, pele e trato respiratório.

As empresas devem possuir equipamentos básicos de segurança pessoal para cada trabalhador envolvido diretamente com a planta, dispostos em locais de fácil acesso e fora da sala de máquinas:

Uma máscara panorâmica com filtro de amônia;

Equipamento de respiração autônomo;

Óculos de proteção ou protetor facial;

Um par de luvas protetoras de borracha (PVC);

Um par de botas protetoras de borracha (PVC);

Uma capa impermeável de borracha e/ou calças e jaqueta de borracha;

Devem ser estabelecidos por escrito planos de emergência para ações em caso de vazamento, realizando-se treinamentos práticos. Como conteúdo mínimo, é preciso prever mecanismos de comunicação da ocorrência, evacuação das áreas, remoção de quaisquer fontes de ignição, formas de redução das concentrações de amônia e procedimentos de contenção de vazamentos.

Em caso de vazamento com grande concentração de gases, faz-se necessária a utilização de máscaras autônomas e proteção total do corpo com tecido impermeável ou, na ausência destas, o umedecimento dos trajes. Na mesma linha de raciocínio, deve-se aspergir água para forçar a reação de hidratação e formação do hidróxido de amônia.

É crítico que se observe que a amônia em estado aerossolizado comportas e como um gás denso em vazamentos.

Em caso de fogo, recomenda-se o uso de água para resfriar recipientes expostos. Para fogo envolvendo amônia líquida, utiliza-se pó químico ou CO.



Washington H. Ikeda

Gás acetileno (C2H2)

É uma substância pura, e dos gases combustíveis, o que dispõe de maior poder calorífico é o acetileno. É altamente inflamável e considerado muito reativo, que se obtém de uma reação do carbureto de cálcio com água, amplamente usado na indústria, principalmente, em soldagem. O uso deste gás requer amplos conhecimentos quanto aos riscos oferecidos tanto no seu recebimento, transporte, armazenamento e utilização, quanto aos efeitos e impactos para o meio ambiente, para as instalações e principalmente para as pessoas.

Pode formar misturas explosivas em contato com o ar e agentes oxidantes. Os cilindros de acetileno possuem, em seu interior, um material poroso, contendo na maioria deles acetona, formando uma solução com o acetileno. Em casos especiais, o acetileno poderá ser dissolvido em dimetilformamida (DMF).



Efeitos de uma única super exposição:

Contato com os olhos: O vapor contendo acetona pode causar irritação. O líquido pode causar irritação e congelamento;
Contato com a pele: O vapor não apresenta efeito nocivo. O líquido (acetona) pode causar congelamento. Em caso de contato do acetileno dissolvido com DMF, o produto poderá ser absorvido rapidamente pela pele podendo ocasionar dermatites;

Inalação: Asfixiante. Os efeitos são devidos a falta de oxigênio. Concentrações moderadas podem causar dor de cabeça, sonolência, vertigem, náusea, vômito, excitação, excesso de salivação e inconsciência. O vapor liberado pelo líquido pode também causar a falta de coordenação e dores abdominais. Este efeito pode ser retardado. O acetileno é um asfixiante, e a falta de oxigênio pode levar a morte;

Ingestão: É uma maneira improvável de exposição, mas o contato com o líquido em que está dissolvido o acetileno (acetona/DMF) pode resultar no congelamento dos lábios e da boca. Se o líquido for ingerido, pode causar náuseas e problemas de irritação das vias respiratórias;

Em caso de exposição procure tratamento médico imediatamente.

Cuidados especiais no manuseio e armazenamento do acetileno:


Manuseio:

Usar Equipamentos de Proteção Individual (óculos de proteção, luvas, coletes de

couro, equipamentos de proteção respiratória, dentre outros);

Nunca trabalhar com pressão superior à 1,5 kg;

Nunca abrir a válvula com mais de ¼ de volta, pois em caso de emergência pode-se

fechar mais rápido o cilindro;

Nunca esgotar o cilindro a menos de 2 kg de pressão;

Soltar o diafragma do regulador antes da abertura;

Até mesmo a queda do cilindro de acetileno pode acarretar uma explosão, e

normalmente, o Corpo de Bombeiros Militar estacam as chamas do cilindro

colocando-o num recipiente com água. Mesmo depois das chamas serem extintas, o

cilindro deve ser mantido por 24 horas dentro de um recipiente com água para evitar

uma nova reação química e mais explosões;

Proteja os cilindros contra danos físicos;

Utilize em carrinho de cilindros para movimentá-los; não arraste, role ou deixe-o cair;

Todos os sistemas de tubulações de acetileno e equipamentos associados devem

ser aterrados. Os equipamentos elétricos devem ser protegidos da formação de

centelha ou a prova de explosão. O controle de vazamento deve ser realizado com

água e sabão, nunca use fogo;

Nunca use tubulação de cobre para acetileno; use aço inox.

Abra a válvula do cilindro o mínimo possível para garantir uma vazão aceitável

durante sua operação, isso vai permitir que você a feche tão rápido quanto possível

em caso de emergência;

Nunca use acetileno a pressões maiores que 103,5 kPa (15 psig);

Nunca tente levantar um cilindro pelo capacete; este equipamento existe apenas

para proteger a válvula;

Nunca insira qualquer objeto (chave de boca, chave de fenda) dentro da abertura do

capacete, isto pode causar dano a válvula, e conseqüentemente um vazamento;

Use uma chave ajustável para remover capacetes apertados ou enferrujados. Abra a

válvula lentamente;

Faça sempre manutenção preventiva;


Condições de armazenamento:

Armazene e use com ventilação adequada;

Mantenha os cilindros de acetileno longe de oxigênio e outros oxidantes, pelo

menos a uma distância mínima de 6,1 m, ou use uma barreira de material não

combustível. Essa barreira deve ter no mínimo 1,53 m de altura e ser resistente ao

fogo por pelo menos ½ hora;

A armazenagem em excesso, ou seja, acima de 70,79 m3 (2.500 ft3) é proibida em

prédios com outros ocupantes;

Assegure-se de que os cilindros estejam fora de risco de queda ou da possibilidade

de roubo;

Cilindros de acetileno são projetados de modo que a válvula seja mantida com o

capacete. Atarraxe firmemente o capacete com as mãos;

Identifique a área de armazenamento e uso com placas “NÃO FUME” ou “NÃO ABRA

CHAMAS”;

Não devem existir fontes de ignição no local;

Armazene separadamente os cilindros cheios dos vazios.

segunda-feira, maio 07, 2012

ÍNDICE DE ACIDENTADOS

TAXA DE FREQUÊNCIA


É o número de acidentados por milhão de horas de exposição ao risco, em determinado período.

Essa taxa é expressa e calculada pela seguinte fórmula:

F = N x 1.000.000
              H

Onde: F = Taxa de Freqüência de acidentados

N= Número de acidentados

H= Horas-Homem de exposição ao risco

TAXA DE GRAVIDADE

É o número que exprime a quantidade de dias computados nos acidentes com afastamentos por milhão de horas-homem de exposição ao risco.

Essa taxa é expressa e calculada pela seguinte fórmula:

G = T x 1.000.000
               H

Onde: G = Taxa de Gravidade

T= Tempo computado

H= Horas-Homem de exposição ao risco

ÍNDICE DE ACIDENTADOS

É o número que exprime a combinação da taxa de freqüência com a taxa de gravidade, usado para classificar o resultado da atividade de segurança.

IA= F + G
         100

Sendo : F= taxa de freqüência

G= taxa de Gravidade

Tempo Computado : É a soma de tempo de afastamento, contado em dias perdidos.

Hora-Homem de exposição ao risco: É o somatório de tempo durante o qual cada empregado fica a disposição do empregador.

A taxa de freqüência é costumeiramente calculada pelo SESMT para fins de arquivo e envio para o Ministério do Trabalho no final de cada ano, porém é interessante entender o que significa o número.

A taxa de freqüência é calculada usando a fórmula: Nº. de acidentes x 1.000.000 / Horas Homens Trabalhadas (HHT).

A interpretação da fórmula indica quantos acidentes ocorreriam se fossem trabalhadas 1.000.000 de horas naquele mês. Indica quantas falhas ocorreram em um milhão de eventos, que é o mesmo princípio do seis sigmas.

Este número serve para comparar empresas de mesmo segmento ou setores de mesmo risco, considerando o tempo que os trabalhadores ficaram expostos aos riscos (HHT) e fazendo uma projeção para 1.000.000 de horas.

A taxa de freqüência pode ser calculada para atos e condições inseguras, incidentes, acidentes sem afastamento e acidentes com afastamento. Exemplo: Nº. de atos e condições inseguras ou Incidentes ou x 1.000.000 / HHT