quinta-feira, dezembro 10, 2009

CONHECENDO A SÍNDORME DE BURNOUT

A Síndrome de Burnout é uma doença psicológica caracterizada pela manifestação inconsciente do esgotamento emocional. Tal esgotamento ocorre por causa de grandes esforços realizados no trabalho que fazem com o profissional fique mais agressivo, irritado, desinteressado, desmotivado, frustrado, depressivo, angustiado e que se avalia negativamente.

O termo síndrome de Burnout resultou da junção burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em comportamento agressivo e irritadiço. Em parte dos sintomas também é comum em casos de estresse convencional, grosseiras em relação às pessoas atendidas no ambiente profissional e que por vezes se estende também aos colegas, amigos e familiares, conforme explica psicóloga Adriana de Araújo.

A pessoa que apresenta tal síndrome perda consideravelmente seu nível de rendimento e de responsabilidade para com as pessoas e para com a organização que faz parte. Pode ocorrer em profissionais de diferentes áreas que possuem contato direto com pessoas. Também apresenta manifestações fisiológicas como cansaço, dores musculares, falta de apetite, insônia, frieza, dores de cabeça freqüente e dificuldades respiratórias.

A Síndrome de Burnout pode ser prevenida quando os agentes estressores no trabalho são identificados, modificados ou adaptados à necessidade do profissional, quando se prioriza tarefas mais importantes no decorrer do dia, quando se estabelece laços pessoais/profissionais dando-0s importância, quando os horários diários não são sobrecarregados de tarefas, quando o profissional preocupa-se com sua saúde e quando em momentos de descontração assuntos relacionados ao trabalho não são mencionados.

O tratamento da doença é variável, pois podem ser iniciados a partir de fitoterápicos, fármacos, intervenções psicossociais, afastamento profissional e readaptações. É importante ressaltar que a Síndrome de Burnout é diferente da depressão, pois a síndrome está diretamente ligada com situações ligadas ao trabalho, enquanto a depressão está ligada a situações pessoais relacionadas com a vida da pessoa.

O temo síndrome de Burnout resultou da conjunção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritado. Os sintomas são comuns aos dos casos de estresse convencional, mas com o acréscimo da desumanização, que se mostra por atitudes negativas e grosseiras em relação às pessoas atendidas no ambiente profissional e que por vezes se estende também aos colegas, amigos e familiares. A síndrome afeta especialmente aqueles profissionais obrigados a manter contato próximo com outros indivíduos e dos quais se espera uma atitude, no mínimo, solidária com a causa alheia. É o caso de médicos, enfermeiros, psicólogos, professores, policiais, dentre outros.


Apesar da associação do distúrbio com o perfil das categorias profissionais retrocitadas, ela pode afetar executivos e donas de casa também. Em comum, os candidatos à síndorme apresentam uma personalidade com maior risco para desenvolver Burnout, apresentam comportamentos incisivos de exigência consigo como também com os demais profissionais.
Geralmente são pessoas que possuem características que podem incentivar o estabelecimento da síndrome, por exemplo: idealismo elevado, excesso de dedicação, alta motivação, perfeccionismo e rigidez. São pessoas que se envolvem com o que fazem se medir para atingir os objetivos sem considerar as suas próprias limitações.

De certa forma as organizações incentivam tal forma de conduta profissional e o estimulam de alguma maneira, entretanto, o desempenho desse comportamento criam predisposições ao adoecimento que motivarão o absenteísmo e afastamentos por motivo de doença por longos períodos.
Os principais manifestações são fadiga crônica, dores de cabeça, insônia, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquicardia, arritimias, perda de peso, dores musculares e da coluna, alergias, lapsos de memória; no que tange a sintomas psicossomáticos, porém, há ainda alterações comportamentais manifestadas através do consumo exagerado de café, álcool, faltas ao trabalho, baixo rendimento pessoal, cinismo, impaciência, sentimento de onipotência, impotência, incapacidade de concentração, depressão, baixa tolerância, paranóia e agressividade.

É preciso deixar claro que a síndrome de Burnout não dever ser confundida com estresse ou depressão. No primeiro caso, o aparecimento dos sintomas psicossomáticos sugere estresse ocupacional crônico, resultante da tentativa de adaptação a uma situação claramente desconfortável no trabalho. A síndrome de Burnout diferencia-se da depressão porque as pessoas acometidas da síndrome o desapontamento e a tristeza no trabalho são marcantes ao contrário da depressão abrange uma tristeza e embotamento afetivo em todas as situações vivenciadas.

O ambiente de trabalho e as condições organizacionais são fundamentais para que a síndrome se desenvolva, mas a sua manifestação depende muito mais da reação individual de cada pessoa frente aos problemas que surgem na rotina profissional. A sensação de inadequação na empresa e o sofrimento psíquico intenso desembocam geralmente nos sintomas físicos, quando não dá mais para disfarçar a insastifação, porque afetou a saúde.
O tratamento da síndrome de Burnout é essencialmente psicoterapêudico. Mas, em alguns casos, pode-se lançar mão de medicamentos como ansiolíticos ou antidepressivos para atenuar a ansiedade e a tensão, sendo sempre necessária a avaliação e, no caso medicamentoso, a prescrição feita por um médico especialista. No processo psicoterapêutico, além do enfoque individual é necessário também a reflexão e um redimensionamento das atitudes relativas à atividade profissional, objetivos de vida e cuidados com a autoestima e com sentimentos mais profundos de aceitação.
A Previdência Social já classifica a síndrome como doença profissional incluindo-a no grupo V da Classificação Internacional de Doenças (CID) 10 que indica no inciso XII a síndrome de Burnout como síndrome do Esgotamento Profissional e também como Sensação de Estar Acabado. O profissional tem direito a afastar-se uma vez que tenha sido diagnosticada a síndorme.

Texto produzido pela psicóloga Adriana Araújo e compilado pelo psicólogo Luiz Carlos Gomes da Silva.



LUIZ CARLOS GOMES DA SILVA


Psicólogo/Consultor de Recursos Humanos

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